LARC Consult



SEJAM BEM VINDOS!

A LARC Consult é uma empresa formada por profissionais com larga experiência em funções técnicas, de engenharia e gestão, em indústrias automobilísticas e outras, com profissionais qualificados e experientes em gestão, consultoria e auditoria conforme os requisitos ISO 9001, IATF 16949, ISO 14001, ISO 45001, VDA, FIEV, bem como na Norma SiAC do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), INMETRO, Marcação CE, entre outras.

Estamos preparados para fornecer serviços de assessoria, gestão e auditoria nas áreas industriais de manufatura, qualidade, engenharia e logística, terceirização de auditorias
internas e de fornecedores, acompanhamento técnico para a solução de crises de fornecimento e não conformidades críticas, acompanhamentos na construção de moldes, matrizes, dispositivos e máquinas especiais para projetos em desenvolvimento, bem como a disponibilização de residentes em fornecedores e clientes.

Consultoria ISO 9001 - Consultoria IATF 16949 - Consultoria ISO 14001 - Consultoria ISO 45001 - Consultoria SGI - Treinamentos e Auditorias.
Sistemas de Excelência Empresarial - Qualidade e Produtividade - BPM (Business Process Modeling) - Lean - Teoria das Restrições - Projetos Seis Sigmas.
Projetos de Aumento de Ganhos e Redução de Custos - Gestão de Projetos - Gestão de Crises - Terceirização de Suporte Técnico.

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terça-feira, 27 de março de 2012

Escopo de Atuação

A LARC Consult atua em diferentes áreas do fornecimento de serviços e mão-de-obra especializada em engenharia industrial.

Colocamos à disposição de sua empresa as diferentes formas de solução para os problemas de sobrecarga nos trabalhos técnicos de seus programas, novos projetos e situações críticas onde a disponibilidade de mão-de-obra técnica e especializada se torna essencial para o atendimento dos objetivos, ou onde a otimização nos custos de alocação desses recursos se torna estratégico.






Todos os profissionais, engenheiros, técnicos e demais especialistas são alocados para os projetos dos clientes conforme as suas necessidades específicas. A gestão das competências de cada profissional engajado no projeto, em termos de educação, formação e treinamento, é realizada com o objetivo de maximizar a obtenção de resultados e produtividade das ações empreendidas.

Faça-nos uma consulta sem compromisso, e ficaremos felizes em ofertar-lhe uma solução eficaz e sob medida para suas necessidades.

A Questão da Produtividade da Indústria Brasileira

Muito se tem dito ultimamente sobre a questão do processo de "desindustrialização" que estamos vivendo no Brasil. Houve tempos em que a indústria brasileira de transformação respondia por 26% do PIB. No início de 2011 havia caído para 16%. E agora, estamos em 14,6%. O próprio Governo brasileiro reconhece a existência desse processo e tem manifestado sua preocupação, inclusive conversando com os empresários e implementando ações que pretendem reverter esse processo.

O grande vilão apontado pela indústria é, principalmente, o cambio. De fato, a valorização do Real, fazendo a paridade com o Dolar girar em torno de R$ 1,80, tem afetado dramaticamente a capacidade da indústria de competitir lá fora. Nem mesmo o aumento da demanda interna está ajudando a indústria, pois esse aumento acaba sendo abocanhado pela enxurrada de produtos importados. Mesmo setores como o de autopeças acaba sendo afetado pelas importações, pois está ficando mais barato para as montadoras trazer peças de fora do que comprar as fabricadas no País. Até mesmo o aço vindo da China chega aqui mais barato do que o produzido no País, a despeito do minério de ferro estar aqui.

E o problema não é só a China. No caderno "Economia & Negócios" do Estadão, do último dia 18 de Março, temos um excelente estudo mostrando as causas desse processo de desindustrialização. Temos lá, por exemplo, o testemunho do Presidente da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Brasil), Gabriel Rico, dizendo que as empresas relatam que hoje existem condições mais favoráveis para a produção industrial nos Estados Unidos do que no Brasil. Em outras palavras, está mais barato produzir bens industriais nos Estados Unidos do que no Brasil atualmente.

Outro fator importante apontado pelo estudo é o aumento do custo da mão de obra no Brasil, considerado em Dolar. Em 5 anos o custo do trabalho na indústria aumentou 46% no Brasil e apenas 3,6% nos Estados Unidos. A crise, nesse sentido, fez bem à economia da terra do Tio Sam. Segundo Aluízio Byrro, Presidente do Conselho da Nokia Siemens na América Latina, a mão de obra no Brasil está entre as mais caras do mundo. E afirma que um gerente de nível médio chega a ganhar 20% menos nos EUA do que aqui. No Brasil os encargos são pesados e a variação cambial, para ajudar, encareceu os salários em Reais. Com o crescimento econômico, a baixa escolaridade da população provoca uma forte escassez de mão de obra qualificada, o que também infla os salários. Nos EUA, os trabalhadores não têm direitos como décimo terceiro salário ou licença maternidade e lá, com a crise, as empresas ganharam poder de barganha e conseguiram até redução de salários.

Portanto a falta de competitividade da indústria de transformação não se explica apenas pela variação cambial. Ela acaba decorrendo de outros fatores de falta de competitividade. Seguem abaixo alguns exemplos disso:

- Em 8 anos, o custo da energia subiu 246% no Brasil, contra 35,3% nos EUA;

- Como dissemos acima, em 5 anos, o custo unitário do trabalho no Brasil subiu 46%, contra apenas 3,6% nos EUA.

- O custo do milhão de BTU de gás natural produzido em Camaçari, na Bahia, é de US$ 15. Isso o torna 6 vezes mais caro que o produzido em Henry Hub, na Lousiana, EUA. Lá ele sai a US$ 2,5.

- Entre 2007 e 2011 a produtividade industrial no Brasil aumentou APENAS 1,1%, contra 9% nos EUA.

Diante desses números não dá para colocar a culpa da desindustrialização do Brasil apenas no cambio. A indústria de tranformação tem uma lição interna a fazer no que diz respeito à sua produtividade. É claro que o custo Brasil, com sua elevada carga tributária, gargalos de infraestrutura e as altas taxas de juros, entre outros, encarecem e tiram a competitividade da indústria. Mas outros setores, como o Agronegócio, têm obtido um bom crescimento apoiado principalmente pelos seus ganhos de produtividade, em um ritmo anual médio de 4,3%. Isso tem equilibrado em boa parte as perdas impostas a esse setor pela variação cambinal e a redução dos preços das comodites no mercado internacional. O agronegócio teve um crescimento de 3,9% no ano e a indústria de transformação de apenas 0,1%, sendo a grande razão para o PIB brasileiro ter crescido apenas 2,7% no último ano.

Não devemos subestimar a importância dos ganhos de produtividade no esforço de reversão do processo de desindustrialização. É parte importante do desafio. Não podemos esperar apenas a melhoria do cambio. Me lembro que quando trabalhei em uma multinacional francesa do setor de autopeças, a sua estratégia global de compras identificava o Brasil como um País de baixo custo de produção (Low Cost Country). E o que tornava o Brasil atraente para produção de bens era o Real desvalorizado, com o Dolar cotado na casa dos R$ 2,70. A desvalorização cambial à época (cerca de 7 anos atrás) apenas maquiava a falta de produtividade e os gargalos estruturais que hoje se evidenciam. Serviam como o nível alto do lago que mantinha submerso todas as "pedras" da realidade competitiva local. Mas essa situação mudou radicalmente. Estudos do Boston Consulting Group (BCG) já indicam que os custos industriais dos Estados Unidos não só são competitivos em relação a países como o Brasil, mas já começam a se equiparar até mesmo com os da China! Curiosamente, hoje em dia, os EUA é que estão se tornando Low Cost Country, em termos de produção industrial. 

O estudo projeta um aumento de 15% a 20% para o salário médio na China, por ano, até 2015. Os Chineses ainda vão continuar ganhando menos que os americanos, mas a diferença não vai mais compensar os gastos com transporte, aluguéis e tarifas de importação. A locomotiva chinesa vai continuar a todo vapor, mas voltada cada vez mais para o seu imenso mercado interno, que ainda pode crescer muitíssimo em seu poder de consumo. E os EUA devem começar a recuperar parte do seu parque industrial que perderam para o gigante Chinês. Mas e o Brasil?

O Brasil, para reverter sua tendência de desindustrialização, tem que atacar, de maneira coordenada, todos os fatores que afetam sua competitividade: o cambio, a alta carga tributária, os gargalos de infraestrutura e mão de obra, os altos juros e, não menos importante que esses fatores, a sua PRODUTIVIDADE, que ainda está muito aquém da verificada em outras partes do mundo.

Carlos Roberto Coutinho
Sócio Consultor da LARC Consult