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internas e de fornecedores, acompanhamento técnico para a solução de crises de fornecimento e não conformidades críticas, acompanhamentos na construção de moldes, matrizes, dispositivos e máquinas especiais para projetos em desenvolvimento, bem como a disponibilização de residentes em fornecedores e clientes.

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

As Mudanças Econômicas na Manufatura Global

Durante boa parte das últimas três décadas, uma concepção polarizada do mundo tem direcionado as decisões corporativas de investimento e compras. A América Latina, o Leste Europeu e boa parte da Ásia têm sido visto como regiões de "baixo custo" (low-cost regions). E os EUA, Europa Ocidental e Japão, por sua vez, têm sido vistos como tendo "alto-custo" (high-cost regions).
Mas essa visão do mundo já é obsoleta. Anos de mudanças estáveis nos salários, produtividade, custos de energia e do cambio, entre outros fatores, têm redesenhando de maneira silenciosa, porém drástica, o mapa da competitividade global dos custos de manufatura. Esse novo mapa cada vez mais se assemelha a uma colcha de retalhos, com economias de baixo-custo e de alto-custo entremeadas, espalhadas por toda parte do globo.
Em alguns casos, as mudanças nos custos relativos estão em andamento. Quem pensaria, há uma década atrás, que o Brasil poderia ser agora o país de maior custo para manufatura - ou que o México poderia ser mais barato do que a China? Enquanto Londres continua a ser um dos lugares mais caros do mundo para se viver e visitar, o Reino Unido tem se tornado uma das regiões de menor custo de manufatura da Europa Ocidental. E custos na Rússia e boa parte do Leste Europeu têm-se elevado a um nível de quase paridade com o dos EUA (Veja Figura 1):

Figura 1: Comparação dos Custos de Manufatura (EUA = 100)

Para entender as mudanças econômicas na manufatura global, o Grupo Boston Consulting analisou os custos de manufatura nas 25 economias líderes mundiais de exportação, através de quatro dimensões chaves: salários, produtividade da mão-de-obra, custos de energia e taxa de cambio. Essas 25 economias respondem por cerca de 90% das exportações globais de manufaturados.
O novo Índice BCG de Competitividade Global dos Custos de Manufatura tem revelado mudanças nos custos relativos, e devem direcionar muitas companhias a repensar décadas de velhas premissas sobre estratégias de compras e sobre onde construir novas instalações de produção. Para identificar e comparar as mudanças nos custos relativos, foram analisados dados de 2004 e 2014. A avaliação é parte de uma série de revelações trazidas por uma pesquisa sendo realizada pelo BCG a respeito dessas mudanças econômicas da manufatura global.
Ao desenvolver o indicador, foi observado que a competitividade dos custos melhoraram para vários países e tornaram-se relativamente menos atrativa para outros. Através dos indicadores, foram distinguidos quatro padrões distintos de mudanças nos custos de manufatura, conforme descritos a seguir:

"Sob Pressão": muitas economias que tradicionalmente têm sido consideradas como bases de manufatura de baixo-custo, parecem estar sob pressão, como resultado de uma combinação de fatores que tem erodido, significantemente, desde 2004, suas vantagens de custos. Por exemplo, a vantagem de custo de manufatura da China sobre os EUA encolheram para menos de 5%. O Brasil é estimado hoje como sendo mais caro do que boa parte da Europa Ocidental. Polônia, República Tcheca e Rússia também têm visto sua competitividade de custos deteriorar-se em uma base relativa. Estima-se agora que eles são quase equivalentes aos do EUA, e apenas uma pequena porcentagem mais baratos que o Reino Unido e a Espanha.


"Perdendo Terreno": muitos países considerados tradicionalmente como sendo de "alto-custo", que já eram relativamente caros uma década atrás, têm perdido mais terreno ainda, resultando em diferenças entre 16% a 30% a mais que a dos EUA. Isto é causado principalmente pelo fraco crescimento da produtividade e custos crescentes de energia. Esses países que têm cedido terreno incluem a Austrália, Bélgica, França, Itália, Suécia e Suíça.

"Mantendo-se Estáveis": de 2004 a 2014, a competitividade dos custos de manufatura de vários países tem mantido-se estável em relação aos EUA. Rápido crescimento da produtividade e moedas depreciadas têm ajudado a manter os custos sob controle em economias como Índia e Indonésia - mesmo com o rápido crescimento dos salários. Em contraste com a dinâmica de mudanças na Índia e na Indonésia, a Holanda e o Reino Unido, por sua vez, têm vivido estabilidade em todos os direcionadores de custos que foram examinados. O desempenho destes quatro países os têm posicionado como futuros líderes potenciais de suas respectivas regiões.

"Estrelas Globais em Ascensão": as estruturas de custo no México e nos EUA melhoraram mais do que em todas as outras 25 maiores economias exportadoras. Por causa do pouco aumento dos salários, ganhos sustentáveis de produtividade, taxas de cambio estáveis e grandes reduções nos custos de energia, essas duas nações são as estrelas em ascensão da manufatura global na atualidade. Estima-se que o México tem, agora, menor custo médio de manufatura que a China, em termos de custo-unitário. E, com exceção da China e da Coréia do Sul, os outros 10 maiores exportadores de bens são entre 10% a 25% mais caros do que os EUA.


Essas mudanças dramáticas nos custos relativos pode levar a uma grande mudança na economia global, à medida que as companhias sejam obrigadas a rever a distribuição dos seus locais de manufatura no mundo (Veja a Figura 2):


Figura 2: Distribuição da Competitividade de Manufatura pelo Mundo

Uma das implicações é que a manufatura global pode tornar-se cada vez mais regionalizada. Como centros de relativo baixo-custo existem em todas as regiões do mundo, mais produtos consumidos na Ásia, Europa e nas Américas serão produzidos mais perto deles. Essas tendências têm implicações para os governos também, cujos líderes cada vez mais reconhecem a importância econômica de uma base estável de manufatura. Espera-se que esses estudos encorajem os formuladores de políticas públicas em países desenvolvidos e em desenvolvimento a identificar os seus pontos fortes e fraquezas e a tomar ações para avançar na sua competitividade de manufatura.

Fonte: www.bcgperspectives.com

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